TEXTO PARA REFLEXÃO
"A verdadeira riqueza do homem estás no bem que ele faz ao próximo neste mundo", diz Maomé. Quando ele morrer, as pessoas dirão: Que bens nos deixou ao partir?, mas os anjos perguntarão: " Que boas ações nos enviou antes de partir?.
As virtudes nao servem apenas para tornar mais suave e bem sucedida nossa travessia por esse mundo. Há tantas autoridades literárias, filosóficas e teológicas a nos lembrar que aplainar o caminho do outro é tão importante - senão mais - quanto suavizar o nosso. Este texto levanta a questão: " Que devemos aos outros? Vamos então em busca de ilustrar o significado das palavras : compaixão, bondade, caridade, generosidade, benevolência e sacrifício.
Encontramos na vida, pessoas que de um modo ou de outro aproveitam as oportunidades para fazer o bem aos companheiros dessa viagem. No adorável romance de Harper lee, To Kill a Mockingbird, o personagem Atticus Finch, dá a filha um conselho de valor inestimável: " Existe um jeito muito simples de você se dar bem com todo tipo de gente. A gente nunca compreende bem uma pessoa, até conseguir ver as coisas sob o ponto de vista dela... tem de entrar dentro da pessoa e dar uma volta vestindo a pele dela." Tentar se colocar no lugar do outro, compartilhar por um instante seus sentimentos é o ponto de partida da compaixão. Mas a verdadeira compaixão vai além das emoções. Para ajudar alguém, é preciso fazer alguma coisa, não apenas sentir. A compaixão exige algum empenho para se exercer uma ação em benefício do outro.
Como tudo o que requer esforço, a compaixão exige prática. É preciso trabalhar para adquirir o hábito de estar com o outro nos momentos maus. Às vezes a ajuda é uma questão simples, que não nos desvia do caminho - é lembrar de dizer uma palavra amável a alguém, passar uma manhã de sábado em trabalho voluntário por uma boa causa, dentre outros. Algumas vezes, ajudar envolve um verdadeiro sacrifício. " Dar um osso ao cachorro, não é caridade", diz Jack London. " Caridade é compartilhar o osso quando a sua fome é igual a do cachorro". Se aproveitamos as pequenas oportunidades de ajudar ao outro, estaremos prontos a agir nas ocasiões que exigem sacrificio.
Há outra razão para praticar a ajuda: devemos desenvolver a capacidade de julgar quem realmente precisa de auxilio. Nem todo mundo que pede , precisa ou merece. Além disso devemos ser capazes de discernir que tipo de ajuda a pessoa precisa. Abrir o caminho do outro não quer dizer apenas diminuir os obstáculos. Às vezes, o melhor é lhes dar a responsabilidade; não aceitar desculpas por ser uma grande ajuda. Afinal, a realidade da vida é que, se passamos o tempo todo tentando ajudar todo mundo, acabammos negligenciando nossas próprias responsabilidades, com a família e com os outros que dependem de nós. Assim como todas as virtudes, a compaixão deve ser temperada com uma boa dose de razão. Quando exercida adequadamente, de coração e mente abertos, a compaixão traz o maior grau de realização. Enriquece a vida com um sentimento de nobreza e propósito, traz o despertar moral e incentiva à vida em geral. Olhando para trás, muitas pessoas veem que os melhores momentos da vida foram aqueles em que doaram, ajudaram e amaram. Sentir-se bem no futuro, porém, não é motivação primordial para agir. Ajudar sinceramente o outro tráz uma satisfação real. Como Jeremy Bentham observa, " a maneira de se estar bem é fazer os outros se sentirem bem, é mostrar que os ama. A melhor maneira de mostrar o amor é amar de verdade".
quarta-feira, 10 de junho de 2009
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