quarta-feira, 10 de junho de 2009

Desenvolvimento Humano

TEXTO PARA REFLEXÃO



"A verdadeira riqueza do homem estás no bem que ele faz ao próximo neste mundo", diz Maomé. Quando ele morrer, as pessoas dirão: Que bens nos deixou ao partir?, mas os anjos perguntarão: " Que boas ações nos enviou antes de partir?.



As virtudes nao servem apenas para tornar mais suave e bem sucedida nossa travessia por esse mundo. Há tantas autoridades literárias, filosóficas e teológicas a nos lembrar que aplainar o caminho do outro é tão importante - senão mais - quanto suavizar o nosso. Este texto levanta a questão: " Que devemos aos outros? Vamos então em busca de ilustrar o significado das palavras : compaixão, bondade, caridade, generosidade, benevolência e sacrifício.



Encontramos na vida, pessoas que de um modo ou de outro aproveitam as oportunidades para fazer o bem aos companheiros dessa viagem. No adorável romance de Harper lee, To Kill a Mockingbird, o personagem Atticus Finch, dá a filha um conselho de valor inestimável: " Existe um jeito muito simples de você se dar bem com todo tipo de gente. A gente nunca compreende bem uma pessoa, até conseguir ver as coisas sob o ponto de vista dela... tem de entrar dentro da pessoa e dar uma volta vestindo a pele dela." Tentar se colocar no lugar do outro, compartilhar por um instante seus sentimentos é o ponto de partida da compaixão. Mas a verdadeira compaixão vai além das emoções. Para ajudar alguém, é preciso fazer alguma coisa, não apenas sentir. A compaixão exige algum empenho para se exercer uma ação em benefício do outro.



Como tudo o que requer esforço, a compaixão exige prática. É preciso trabalhar para adquirir o hábito de estar com o outro nos momentos maus. Às vezes a ajuda é uma questão simples, que não nos desvia do caminho - é lembrar de dizer uma palavra amável a alguém, passar uma manhã de sábado em trabalho voluntário por uma boa causa, dentre outros. Algumas vezes, ajudar envolve um verdadeiro sacrifício. " Dar um osso ao cachorro, não é caridade", diz Jack London. " Caridade é compartilhar o osso quando a sua fome é igual a do cachorro". Se aproveitamos as pequenas oportunidades de ajudar ao outro, estaremos prontos a agir nas ocasiões que exigem sacrificio.



Há outra razão para praticar a ajuda: devemos desenvolver a capacidade de julgar quem realmente precisa de auxilio. Nem todo mundo que pede , precisa ou merece. Além disso devemos ser capazes de discernir que tipo de ajuda a pessoa precisa. Abrir o caminho do outro não quer dizer apenas diminuir os obstáculos. Às vezes, o melhor é lhes dar a responsabilidade; não aceitar desculpas por ser uma grande ajuda. Afinal, a realidade da vida é que, se passamos o tempo todo tentando ajudar todo mundo, acabammos negligenciando nossas próprias responsabilidades, com a família e com os outros que dependem de nós. Assim como todas as virtudes, a compaixão deve ser temperada com uma boa dose de razão. Quando exercida adequadamente, de coração e mente abertos, a compaixão traz o maior grau de realização. Enriquece a vida com um sentimento de nobreza e propósito, traz o despertar moral e incentiva à vida em geral. Olhando para trás, muitas pessoas veem que os melhores momentos da vida foram aqueles em que doaram, ajudaram e amaram. Sentir-se bem no futuro, porém, não é motivação primordial para agir. Ajudar sinceramente o outro tráz uma satisfação real. Como Jeremy Bentham observa, " a maneira de se estar bem é fazer os outros se sentirem bem, é mostrar que os ama. A melhor maneira de mostrar o amor é amar de verdade".

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